APRESENTAÇÃO

Através dos séculos, várias teorias acerca da igreja têm surgido no mundo, cada uma das quais revindicam alguma base de credo que imponha seu governo institucional, o poder do ensino religioso. Embora o termo “igreja” faça parte de movimentos sectários, é importante frisar que a igreja é essencialmente divina, tanto na sua origem, como no seu fim, prega uma unidade correspondente a Cristo. A parte do homem não é criá-la com seus esforços, mas mantê-la e exprimi-la no poder do Evangelho que Jesus testemunhou em si mesmo. A igreja é uma instituição divina, não nasceu do produto de relações humanas, acordos políticos, ou da vontade da carne, mas de um fruto de atividade graciosa especial do próprio Deus.

Não pode haver dúvida de que Cristo fundou a primeira igreja e confiou a ela a proeminência do poder sacramental e jurídico da função eclesiástica, no ensino e no governo da Igreja. Deu a primeira Igreja um governo próprio, e pessoalmente a capacitou como ordenou seus apóstolos, edificando um alicerce para esta Igreja que não termina em uma “Era apostólica”, mas continua instituída e, de tal forma, que permanece até o fim de todos os tempos. Sua antiguidade, e continuidade histórica e sucessão ininterrupta caracterizam um padrão de artigo de fé contra as multiformas desta interpretação. 

O próprio Cristo indica seu caráter especial, tornando esta Igreja um modelo livre de vontades humanas, de independente existência, como sua própria organização independe do Estado ou Sociedade. Esta Igreja foi descrita antes que existisse alguma ordem eclesiástica estabelecida, deixando claro sua identidade própria, e pela autêntica posição expressou ser a Igreja das igrejas. Sua organização, administração, bem como as qualificações daqueles que possuíam ofício, sua unidade verdadeira, pureza de doutrina e vida, sacramentos ministrados, confissão primária, desempenham um papel apologético nos nossos dias. Os cuidados essenciais da primeira igreja, como a supervisão de seus membros, a ministração da palavra, o chamado e eleição de ministros sem vínculos estatais e filosóficos – tudo isso é inalterável e solene para todas as demais congregações existentes. 

Sendo assim, as ditas “igrejas reformadas”, desde o início, foram contrárias a isso. As tangentes da Reforma abriram caminho para a multiformidade. Diferentes declarações de crença se sucederam ou apareceram simultaneamente dentro da história, mudando profundamente o padrão instituído por Cristo da verdadeira Igreja. A razão pela qual fizeram substituir a comunidade de fé por um organismo institucional, dentro de um termo mais cívico, como uma mera entidade do governo local. Salientando, que sua identidade e unidade inclua à dimensão civil/social como forma de dizer que o Reino de Deus é um propósito político e religioso.   

Pela influência do iluminismo a teologia liberal passou a desenvolver em círculos sectários, dentro de um tom moralista e pietista, a significação positiva do Reino de Deus na vida deste mundo. Uma compreensão dualista sobre o Reino, atingindo um conceito social/civil que põe sua ênfase sobre a significação visível e social do Reino. Este conceito é distinguido historicamente como radicalismo social, ou crença evolucionária no progresso por um evangelho social. A visão do Reino de Deus politizada pela concepção destas posições, da marcha pela justiça social, e do desenvolvimento comunal. 

Pelos fatores deste discurso, uniram a Igreja ao Estado, hora transformando o poder eclesiástico em poder político, outra hora transferindo o poder da Igreja para o Estado. O que leva não só a ferir o princípio do reinado de Cristo sobre a Igreja, como a violação da origem, natureza e ministério impetrado pelas Sagradas Escrituras. De fato a Igreja é distinta do Estado, mas na realidade destes ditos reformadores, a Igreja está dentro do Estado, e é raro o pronunciamento da Igreja não estar preso às obrigações políticas dos poderes deste mundo. 

Em virtude desta estreita relação com o Estado e a obrigação assumida de representá-lo, a Igreja se engajou em atos de violência e coerção repugnantes em governos corruptos. Em campo aberto das contradições, escandalizam o nome de Cristo com sociedades formadas por homens sem índole. Uma Igreja guiada pelo êxito do proletariado, escrava de divisões de partidos, recorrendo a astúcia e a hipocrisia do popularismo, dos que se deixam reinar pelo vício da política. Uma doutrina baseada em cálculo de disputas materialistas, formulada por uma liderança eclesiástica imunda, que não passa de gerente dos proprietários deste mundo. Mudando de partido como se muda de camisa, encorajando seus fiéis ao patriotismo, transformando seus púlpitos em palanque eleitoral, seus cultos em sessões de parlamento e reuniões administrativas, candidatando discípulos a cargos públicos, ou  funções que correspondam ao Estado. Provocando uma insurreição  por meio de uma tirania cristã puramente teocrática, que apregoa as liberdades da consciência  individualista e da religiosidade ecumênica. 

Estas interpretações inequívocas do espiritualismo, moralismo e evolucionárias sobre a Igreja de Cristo, e o Reino de Deus, deu vazão a entrada desta presente Nova Ordem Mundial em que estamos agora. Por estas razões, na tentativa de manifestar “aos poderes que existem” os regulamentos para o governo eclesiástico, o qual Cristo forneceu, o que chamamos de “princípios gerais do exercício da função reguladora”, surgiu a iniciativa de construir um projeto interdenominacional (igrejasempolítica.org) que forneça uma representação teológica suficiente para coagir e pôr fim a qualquer tipo de arbitrariedade ou abuso cometido contra a igreja de Cristo.

O PROJETO

O site IGREJASEMPOLÍTICA.ORG é uma iniciativa profética para aqueles que tem algo a dizer sobre isso! Encorajando cristãos a serem porta-vozes da verdade bíblica-dogmática dentro e fora do templo. A realização desta ação estampa os sinais da personalidade e do caráter do Cristo, cujo atitude no templo em Jerusalém o impeliu a purificá-la: “o zelo da casa de meu Pai verdadeiramente me consumiu”. Relegou o templo a uma posição extremamente subordinada às Escrituras Sagradas, e testemunhou o Senhor ser maior que o templo. O templo que se transformará numa máscara de esterilidade espiritual, terrivelmente contaminado por políticas e ideologias, e a atividade messiânica de Jesus identificará uma contaminação tal no templo, que o tornaria impróprio para continuar em existência. 

A iniciativa do projeto “Igreja Sem Política” propõe uma ação interdenominacional de serviço, visando os seguintes aspectos de seus filiados:

· Cumprir o ofício profético em transmitir aos semelhantes os valores normativos e administrativos que assevera o ministério dado à Igreja por parte de Cristo.

· Como aspecto intercessório, a tarefa é notificar diretamente e pessoalmente qualquer liderança ou igreja que esteja comprometida com política ou ideologia partidária. 

·      Em conformidade com os princípios inalteráveis desta natureza, com o método da verificação teológica bíblica, a Palavra de Deus deverá ser transmitida como Cristo testemunhou, sem mera opinião passiva, pela autoridade bíblica, com organização de pensamento e total controle de indignação.

Contamos com a ajuda de TODOS para divulgar e promover esta importante iniciativa!

SOBRE NÓS

O site IGREJA SEM POLÍTICA trabalhará com duas vertentes específicas e definidas: incluir dados essenciais da mensagem cristã, como exigências doutrinárias, apreensão de conteúdo intelectual da verdade bíblica e; formação de associação informal, feita de verdadeiros cristãos, preocupados com o alto grau de contaminação político-religioso nas igrejas atuais. O objetivo é expor todo este conteúdo, como transmitir posições teológicas bíblicas dentro de uma linha apologética crítica que explore argumentos comprobatórios suficientes para defender os padrões da igreja primitiva contra qualquer ideologia ou posição oposta. DENUNCIAR, sejam membros,  ministros ou sacerdotes. Não podemos aceitar que a Igreja continue sendo detonada de crenças heréticas e recebendo tratamento como meretriz estatal.  Na tentativa de denunciar estas estruturas para-eclesiais de cooperação política partidária, qualquer que seja ela, como desenvolvimento e revolução da teologia liberal, a exemplo das cooperativas de intelectuais e teólogos pela padronização e radicalização militante da esquerda, que elegem políticos do narcotráfico continental, milicianos do MST, ativistas pró-aborto, pró-homossexualismo, descriminalização das drogas, etc.

Decidimos criar a “igrejasempolitica.org“, uma associação interdenominacional, informal, independente, sem fins lucrativos e sem qualquer espécie de vinculação política, ideológica, partidária ou denominacional. Pastor Daniel Batista – Coordenador Geral.

OBJETIVOS

Diante do exposto, colocamos à disposição de todos um acervo permanente de informações doutrinárias sobre o tema “política na igreja”, com princípios bíblicos gerais para a função administradora eclesiológica.  Um espaço no qual TODOS poderão expressar suas opiniões sobre assunto, possibilitando o reconhecimento da visão crítica, estimulando a reflexão teológica, promovendo argumentação bíblica escriturária, atendendo  as atividades propostas exclusivamente sobre o assunto. 

Abaixo constam os FUNDAMENTOS DOS PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS, que devem ser vistos como importantes para a dispensação do Evangelho, e que estarão em destaque neste site:

· Toda autoridade emana de Cristo e é exercida em seu nome e sua obra;

· Cristo provê a unidade instrumental do padrão ministerial do serviço cristão da qual todos precisam se submeter;

·  O governo eclesiástico é um conjunto e não uma hierarquia institucional;

ACESSE O VÍDEO EXPLICATIVO DOS FUNDAMENTOS DOS PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS